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quinta-feira, 15 de março de 2012

Mais dois livros entregues

Essa semana, mais dois livros "A felicidade Bate à Porta" entregues. As sorteadas foram Simone Ker e Raquel A. Pereira. Quer participar? É só seguir o blog! Abraços a todos e boa sorte! Mirian

domingo, 18 de setembro de 2011

QUANDO SEGUREI MEU MEDO COM AS MÃOS





Sempre tive grande repugnância por cobras. Ofídios sem patas. Pecilotérmica. Poiquilotérmica. Varanoide. Cornuda. Rateira. Seja qual o nome pela qual ela possa ser chamada, visitando institutos, jardins botânicos e zoológicos, a área desses répteis era a das minhas caretas e muxoxos. Cobras pra mim significavam bichos detestáveis, dispensáveis e assombrosos; monstros horríveis que povoavam meus sonhos, enchendo-me de pavor. Ofiofobia. Sem-número foram as vezes em que acordava com o coração acelerado, de medo e angústia, porque elas surgiam penduradas em árvores, no chão, no ar, de todos os lados me perseguindo e eu desesperada, sem saber pra onde fugir.

Foi então que, num clima de total descontração, eu caminhava com marido, irmã e cunhado, pelas ruas de uma grande cidade turística. Estávamos de férias, apreciando a arquitetura exuberante, o paisagismo, a criatividade humana, as pessoas diferentes, os cartazes. Fotografando aqui e acolá. Eis que um pequeno ajuntamento de pessoas nos chamou a atenção. Um adestrador de cobras se exibia com duas cobras de seus dez centímetros de diâmetro e uns dois de comprimento e ganhava seus trocos daqueles que quisessem tirar foto ao lado delas, ou algo mais ousado, segurar as criaturas asquerosas.

Meu marido foi o primeiro que viu e arriscou: “Você não quer segurar a cobra pra eu tirar foto?” “Nãoooo! Eu não!! Odeio cobras!” Meu coração acelerou. Comecei a tremer só de pensar na hipótese.

“Vai lá!”, disse ele. Eu parei na frente do rapaz, naquele estado de tremor – tremendo e temendo... Tive vontade de chorar, de sair correndo. Mas, eis a questão: aquele era um desafio. Eu gosto de desafios. Numa rapidez astronômica passou-se pela minha cabeça que talvez aquela pudesse ser a grande oportunidade de vencer esse fantasma, ou, pelo menos amenizá-lo.

O adestrador então me disse pra passar a mão suavemente sobre ela. Ainda tremendo, expirando e inspirando profundo, aproximei minha mão daquela pele escamada. “Humm, pelo menos não é gosmento como eu sempre imaginei...” Então, antes que me desse conta, lá estava eu com aquele réptil em volta do meu pescoço... Fechei os olhos. Um gelo percorreu minha espinha. Não era possível. Cara a cara com ela. Imagine se eu soubesse naquele momento que as cobras possuem a mandíbula e outras articulações do crânio flexíveis capazes de se adaptarem ao tamanho de sua presa, ainda que seja maior que ela mesma...

Abri os olhos. Era verdade. E, de repente, eu já estava com mais uma no meu pescoço, segurando com minhas mãos os pescoços das duas. Inspira. Expira. Relaxa. Olha o passarinho! Parece que eu começava me permitir a sensação de um ato heroico para comigo mesma... Não somente por me desafiar a pegar o objeto concreto, chamado cobra, mas porque estava me decidindo a encarar outros medos. Afinal, sempre existem outras “cobras”, menores ou maiores, que muitas vezes nos impedem de expandir nossas capacidades: medo do futuro, medo de confrontar o novo e desconhecido, medo das expectativas alheias, medo de acreditar e confiar em Alguém maior que nós, medo de envelhecer, medo de recomeçar, medo de perder nossas medíocres seguranças materiais, medo de ser diferente, medo de se impor e dizer ‘não’, medo de não ser aceito, medo de fracassar, medo de ter sucesso, medo de mudar velhas crenças e costumes que nunca deram certo... E então, que tal expirar, inspirar e, embora tremendo, encarar essas “cobras”?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pesquisa sobre mudanças

Clique no link 'esposa de pastor', para acessar a pesquisa sobre Mudanças de domicílio. Abraço a todas! Mirian

terça-feira, 7 de junho de 2011

OS HOMENS QUE EU AMEI


Mirian Montanari Grüdtner

Ah, os homens que eu amei... Todos eles me amaram também.

O primeiro bem jovem. Vinte anos, sonhador, cheio de vida, brincalhão. Um verdadeiro moleque. Seu jeito despojado, bajulador e extrovertido me conquistaram de primeira. Mas era muito tímida. Acho que ele nem desconfiou que eu estava gostando. Mas eu estava. Então, poucos meses depois, estávamos juntos. Valeu a pena e deixou saudades. Eu o amei e ele me amou. Primeiro beijo, primeiro amor...

O segundo também era moço novo. Um ou dois anos a mais que o outro. Magro, mais alto que eu, cabelos castanhos, olhos claros. Esse era apaixonado, “amante à moda antiga, do jeito que ainda manda flores”, cartões, bilhetes, presentes. Que se ajoelhava e fazia declarações, as mais românticas e originais. Pensava muito no futuro. Quis até me casar com ele. Esse eu também amei, mas quem mais amou foi ele... Estava em fase de muitas decisões. Deixou saudades...

O terceiro, grande batalhador, sabia bem o que queria. Decidido, focado. Era um verdadeiro “gentleman. Às vezes, meio carente. Tinha crises de ciúme. Por não se sentir muito amado, quis terminar. Mas mesmo não demonstrando muito, eu o amei do meu jeito...

O quarto, mais maduro. 24 anos. Esse era pra casar também. Eu bem que dei indireta. Ele aceitou. Mas as fases desafiantes viriam pela frente, depois da fase romântica. As bagagens que cada um trouxe de casa nem sempre ajudaram...

Então veio o quinto... Cerca de trinta. Bonitão de chamar atenção. Simpático, muito simpático. Atencioso. Ganhou meu coração e meu tudo.

Eu também, mais madura, sabia melhor o que queria. Agora mais experiente na arte de assumir a responsabilidade pela própria felicidade, as coisas fluíam melhor. Com ele, decidi me casar de verdade. De corpo e alma.

Jeitoso, decidiu caminhar comigo todas as milhas necessárias e me conquistou, sem reservas.

Ele me amou com amor protetor e aconchegante, com amor sacrifical, com amor perdido de paixão, com amor racional, com amor amigo, com amor companheiro, com amor divertido. Com amor.

Com esse eu fiquei e quero ficar pra sempre. Nosso amor se solidificou e se multiplicou – somos quatro.

E a cada dia eu amo mais e mais me sinto amada...

Ao meu primeiro, segundo, terceiro, quarto e quinto amor Gilson, amor menino, amor moço, amor adulto, amor maduro, amor sólido, uma homenagem carinhosa e cheia de amor pelos nossos 24 Dias dos Namorados...

domingo, 22 de maio de 2011

RESPEITO OS HOMOAFETIVOS

Mirian Montanari Grüdtner

Meu respeito e afeto a todos aqueles que lutam com os conflitos de identidade sexual,

àqueles que, por um contexto biopsicossocial e espiritual, adquiriram tendências homoafetivas,

àqueles que são bombardeados por ideologias não dignas de crédito, segundo as quais o indivíduo “nasce assim e deve assumir ser assim pra ser feliz”...

Meu respeito e afeto também àqueles que acreditam na possibilidade de uma revisão de vida e de uma reconstrução do presente e do futuro.

A todos esses o meu respeito, porque são seres humanos, irmãos meus... Sou contra a violência a esse grupo.

No entanto, acima de qualquer coisa, meu respeito ao Autor da vida e aos princípios imutáveis, sob os quais surgiu a vida, os animais e o ser humano. De acordo com os quais, os seres humanos, macho e fêmea, têm o propósito de se completarem. Fêmea e fêmea não se completam. Macho e macho não se completam. E se hoje há machos e fêmeas que não se completam, o problema não está com o Autor das criaturas, nem com os princípios imutáveis, mas com o afastamento destes, por parte da humanidade – indivíduos, famílias e sociedades que involuíram, quer gerando relacionamentos hétero frustrantes, quer gerando novas orientações sexuais que nunca preencherão vazios existenciais, nem emocionais, nem espirituais e, por incrível que pareça, verdadeiramente, nem sociais.

Acredito que o finado deputado federal Clodovir (O correto é ‘r’ mesmo!) Hernandes tinha consciência dessa verdade. Embora homossexual, declarava-se contra a Parada do Orgulho GLBT, contra o casamento gay e contra o movimento homossexual brasileiro.

Princípios imutáveis em primeiro lugar, em detrimento das legislações humanas e das aquisições humanas de novas alternativas sexuais não significa, em hipótese alguma, preconceito. Significa convicção e fidelidade àquilo que desde o princípio deu certo. Pelo contrário, legislações que rebaixam a família original heterossexual ao mesmo status de uma homointeração não caracterizam imensurável desrespeito e afronta ao Autor da Vida?

Esses dias vi um pai se manifestando e exigindo respeito da sociedade por causa de sua opção de manter um caso incestuoso com a filha, maior de idade, sob a aprovação de ambos, após o falecimento da esposa/mãe. Será que se ele conseguir um número significativo de manifestantes, não terá seus direitos garantidos também?

É impossível imaginar até onde a sociedade irá “licitar” as ações que a humanidade medíocre e involuída produz, aprovando leis que protegem os novos modelos de interação humana, em nome do “Amai-vos uns aos outros”, o lema da Parada do Orgulho LGBT 2011.

O meu respeito aos homoafetivos, mas acima disso, o meu respeito ao Autor da Vida e dos princípios imutáveis.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

UM DIA DAS MÃES




Mirian Montanari Grüdtner, 07/05/2004

A quinta-feira que antecede o dia das mães começou bem cedo pra mim. Como meu marido tinha compromisso logo cedo, ele levaria minha filha mais velha, de 11, pra escola – uma tarefa minha de todos os dias. Nesse dia, especialmente, eu pensei: “Que bom! Vou poder dormir um pouquinho mais para acordar disposta para o dia MS – de Muito Serviço – e dar conta de tantas coisas.” Ficar na cama ficou só no desejo:

-Manhêê, arruma meu lanche que eu ‘tô’ atrasada.

Bem, uma Mãe Que Se Preze levantaria rapidinho e iria, com todo carinho do mundo, arrumar o lanche da filha. Como eu queria ser uma Mãe Que Se Preze, levantei-me rapidinho e fui, com todo o carinho do mundo, preparar o lanche pra minha filha levar.

Com isso, meu sono acabou e resolvi que naquela manhã eu não teria mesmo minha meia hora de bônus na cama. Então me troquei e fui dedicar algum tempo para minhas meditações diárias.

Depois disso:

-Manhêê, ‘tô’ com fome...

Era a caçula de seis anos que, invariavelmente, todas as manhãs, ao acordar, são essas suas primeiras palavras. Depois ela me abraça e diz: “Bom dia, mãe!”

Lava o rosto, troca de roupa, penteia o cabelo e lá vamos nós para a cozinha.

-Mãe, quero banana amassada com aveia e leite e um pouquinho de flocos de milho por cima.

Depois do café tem a história de cada dia. E a caçula não se contenta com uma ou duas. Quer mais.

Depois da história de cada dia tem roupa pra passar. Muitas roupas. Começo a passar as roupas e ligo a TV num programa de variedades. Tem uma receita interessante e eu a anoto. Dez horas e interrompo minha atividade para ajeitar o almoço, mas liga uma amiga desesperada, chorando, com problemas no casamento. Então converso com ela e tento acalmá-la, mas isso leva quase uma hora, ou seja, já são quase onze horas... Nossa! Quase onze horas!

Começo a arrumar o almoço e meu marido liga avisando que não poderá pegar a mais velha na escola, ou seja, eu deverei ir buscá-la. O problema é que nesse dia estamos com um carro só, então tenho que esperar meu marido chegar, levá-lo ao compromisso e depois buscar a mais velha. Enquanto ele não chega, termino de arrumar o almoço e amasso o pão.

Ufa! Leva um, busca outra. Almoço pras crianças e pra mim também. O marido almoça fora. Arrumo a cozinha. Passo mais um pouco de roupa. Academia. Será que dou conta? Não, não vou faltar. Vinte minutos de esteira. Trinta minutos de pesos. Quinze minutos de abdominais. Alongamento e casa novamente.

O pão já cresceu e é assado. Já está na hora da aula de música da mais velha. Quatro horas e lá vamos nós! Aula de música da mais velha. Buscar o marido. Compras no mercado. Ufa de novo!! Passa por um corredor, passa por dois corredores: óleo, sal, açúcar, trigo, massas, temperos, artigos de higiene, ovos, leite, frutas e verduras. Caixa e casa. Descarrega. Organiza.

O papai convida as duas para saírem. Ótimo! Sozinha em casa eu posso respirar um pouco e terminar meu serviço. Já está quase escurecendo, eu estou cansada, mas não quero serviço para amanhã...

Não demorou muitos minutos e eles voltam. A mais velha quer umas explicações sobre sufixos e prefixos. Lá vou eu cavoucar minhas lições da Faculdade de Letras: fobia é ...

-Manhêê, vem aqui na sala um pouquinho...

-PARABÉNS A VOCÊ...

-Parabéns, mãe!

-Parabéns, mãe!

-Parabéns, Mi, pelo Dia das Mães!

Na mesa tem uma torta de morangos, um vaso lindo de lírios amarelos e um embrulho caprichado: é um conjunto de roupa esportiva. Puxa! Presente adiantado do dia das mães. Que legal! Guardo meu presente, como a torta. As crianças vão tomar banho e vão pra cama. O marido vai jogar tênis. Mas eu ainda tenho serviço. Arrumo novamente a cozinha. Meu marido já chegou. São dez horas. Guardo as roupas que ficaram sem ser passadas. Tomo meu banho e vou para a cama. Boa noite e feliz dia das mães!

terça-feira, 19 de abril de 2011

CONFISSÕES DE UMA DESLIGADA


Mirian Montanari Grüdtner

Um dia fui ao restaurante. Servi meu prato. Peguei os talheres. Mas só quando fui comer percebi que havia pegado duas facas. Desligada...

Outro dia, de manhã, peguei a chave e desci do meu apartamento, o 601, para o estacionamento pra levar as meninas pra escola. Quando fui abrir o carro, a chave era da porta de casa, muito diferente da chave do carro. Então tive que subir novamente e pegar a chave do carro. Desligada...

Outra vez, estava me arrumando para ir a um casamento. Então procurei meu relógio mais bonito que gosto de usar nessas ocasiões. Abri a caixa dele e... que susto! Não estava lá! “Onde estará meu relógio?” Tentei procurar em todos os lugares onde poderia encontrá-lo e nada. “Pronto, perdi meu relógio.” Lembrei que a última vez em que o havia usado foi num casamento em Santa Catarina. “Devo ter deixado na minha sogra.” Por coincidência, dias depois, meu marido estava indo pra lá. Pedi a ele que verificasse pra mim. E ele verificou. “Não. Ninguém achou seu relógio. Aqui não ficou. “É. Já era meu relógio.” Uns três meses depois, eu estava saindo de viagem e meu marido quis colocar a passagem num bolso externo da minha bolsa, daquelas bolsas que a gente usa todos os dias, sabe? Eu não me enganei ao escrever que a gente usa todos os dias, não... E quando ele abriu o bolso, o que foi que encontrou? É. Meu relógio quietinho e muito comportado durante esse tempo todo, passeando comigo dentro da minha bolsa pra lá e pra cá. Bem, ele, meu distinto marido, só olhou pra mim e abanou a cabeça, querendo dizer o que já sei de cor e salteado: “Você não tem jeito mesmo, né? Continua desligada...”

A minha lista de histórias inclui a da chaleira nova fervendo com um dedo de água durante uma pequena saída de cinco horas de duração. Nem preciso dizer que perdi minha chaleira bonita, presente de casamento. Inclui um sem-número de estojos de lápis, guarda-chuvas perdidos e carteira cheia de dinheiro deixada no carro aberto, no estacionamento (que não era o de casa...). Inclui também algumas “caçadas” ao lixo das praças de alimentação dos shoppings pra encontrar meu aparelho ortodôntico.

Uma vez, um senhor conhecido meu esqueceu um livro na mesa de uma recepção e a recepcionista deixou escapar um: “Coitado, esse aí, aonde vai deixa alguma coisa...” Pensei comigo: “Xii, será que já falaram de mim: “Ih, coitada! Aonde ela vai, lá esquece alguma coisa...”?

Bem, mas só os desligados têm certos privilégios, como o de receber duas gentilezas no mesmo horário, em dias diferentes, pelo mesmo motivo e da mesma pessoa... Dia desses fui levar as meninas pra escola, num carro azul escuro. Um Uno branco apareceu, buzinando, e emparelhou-se ao meu. Um senhor gordinho, de cabelos e bigode pretos avisou que a minha porta estava aberta. Agradeci e fechei a porta. No dia seguinte, eu estava com outro carro. No mesmo local, no mesmo horário, um Uno branco apareceu, buzinando e emparelhou o carro ao lado do meu. Um senhor gordinho, de cabelos e bigode pretos avisou que a minha porta estava aberta. Agradeci e fechei a porta novamente...

Bem, eu não poderia falar só de mim... Ou me sentiria a criatura mais extraterrestre do planeta. Seria eu a única com tantas histórias de falta de atenção?

Outro dia, um amigo nosso foi à Alemanha assistir a um jogo importante do Brasil. Pra aproveitar melhor a viagem, sua esposa, minha amiga, pediu que ele trouxesse cremes para ela. E ele comprou e comprou muitos cremes. E ele foi para o estádio. Mas antes, decidiu estrear um dos novos cremes no rosto. Estava muito calor e ele queria hidratar bem e proteger a pele do rosto. Terminou o jogo, ele voltou ao hotel. Estranho. Seu rosto começou a arder... Depois ficou colorido de um vermelho muito vivo. Não passou muito tempo pra ele descobrir que o creme que havia usado era, na verdade, sabonete... Sem comentários... Quem sou eu pra fazê-los?

Vamos parar essas histórias por aqui. Eu desejo sinceramente que a minha coleção não aumente... Até ouso dizer que me sinto em processo de melhorias. Nunca mais peguei chave errada. Nunca mais me esqueci onde pus o tíquete de estacionamento. Nunca mais deixei panela ligada, ao sair de casa. E o mais importante... Isso meu marido me fez prometer de pé junto: “Por favor, não se esqueça de que você é uma mulher casada.” Eu prometi já faz 21 anos e estou cumprindo ao pé da letra...